segunda-feira, 27 de outubro de 2008

27 de Outubro

Estou com uma preguiça louca. Não preguiça de trabalhar não. Acho que é mais preguiça de não trabalhar. Ou de viver... mas não em um sentido trágico, é uma preguiça feliz.

A campanha acabou. MAriana descansa dormindo mais e mais. E eu não vivo mais um feituço de áquila com ela.

Seu sono me dá essa preguiça. Vontade de que o tempo não passe.
De que chova. De que não anoiteça.

Fim de semana bom e ruim.
Bom porque andei de bicicleta, fui à praia, vi os amigos, tomei cerveja, vi um show ótimo do Gogol Bortello e votei.
Ruim porque eu tinha verdadeiras esperanças no Gabeira.
Perdemos por tão pouco... ai ai ai.

E hoje o dia está com cara de ressaca.
De dia depois que nosso time perde o campeonato.
De que tudo vai continuar o mesmo.

Sei lá.
Espero que esse tal de Eduardo Paes seja vaidoso o suficiente para fazer metade do que disse.
Ontem, andando pela cidade cheia e colorida de verde, eu vi umas pessoas jogando lixo na Rua e me deu aquela raiva que sempre tenho de sua falta de educação.
Comecei a refletir no motivo da minha raiva e pensei comigo: tenho raiva porque eu vejo a cidade como uma extensão da minha casa. Essa rua me pertence. O Aterro do Flamengo me pertence. A praia de Ipanema, as ruas do centro, tudo isso é meu. E quem é esse filho da puta para ficar sojando as minhas coisas?

Será que eu sou parte de uma minoria que se vê proprietária da cidade, ou será que as pessoas se acostumaram a viver na sujeira e, também elas, se comportam na rua como se estivessem em sua própria casa?

------

Ontem, em uma roda de amigos que eram todos meus amigos, mas não amigos entre si (aliás coisa que adoro: juntar gente diferente) eu e Renata começamos a falar de uma amiga comum que, um dia, depois de ser uma de nossas melhores amigas por muitos anos, nos virou as costas e deu de ombros para a gente. Renata me contava que não tinha mais contato com Maria. Eu contei para ela o que ouvi da mesma numa mesa de bar: que nossas vidas não tinham mais nada a ver. Que agora os amigos de verdade dela eram os amigos do mestrado e que não tinha mais nada para falar comigo. Renata ficou espantada de ela ter me dito isso. Mas foi tratada da mesma maneira que eu.
Pelo menos nós duas descobrimos que não foi algo pessoal contra uma ou outra e que nenhuma de nós está maluca. Bom saber que a maluquice é dos outros. Sempre bom.

Nenhum comentário: