sexta-feira, 17 de outubro de 2008

17 de outubro

me lembrei que tenho um blog-diário.

Daí entrei por aqui, para me revisitar.
Que coisa, que coisa. Que abandono.
Minha desculpa para mim mesma e para um eventual leitor que se dignar a ler este blog é: dois trabalhos mata qualquer pessoa.
Bom, praticamente terminei um, mas havia perdido a manha, o arfã, a vontade, sei lá, de escrever todo dia.

Não, quero escrever sim. Que escrever é treino. Se a gente pára a gente esquece, atrofia, os dedos não sabem mais digitar, o endereço do blog some da memória...

Entao.

Pois é.

Como vão vocês todos?

Eu estou um pouco cansada, para variar. São 4:22 am e estou na mixer ainda. Fazendo uns quicktimes, esperando a máquina trabalhar por ela mesma.

Enquanto espero, entro aqui.

Para contar, sonhos (e mais sonhos e mais sonhos).

Tive um sonho terrível com minha avó.
Ela não havia morrido. Ao invéz disso, estava num estado entre vegetativo e ausente do mundo, não sei explicar. Ficava sentada numa cadeira de balanço que não balançava, olhando para frente. Estava em um lugar como um asilo ou hospital. Tinham-na colocado de frente para a TV. Uma moça, parecendo bem boazinha, se ofereceu para maquia-la e eu deixei, pensando que minha avó gostaria de estar sempre bonita. Ela se aproximou da vó com coisas que não vi o que eram na mão. Depois de um pouco fui ver o trabalho e ela tinha feito uma cara "coringa", em minha avo, rasgandolhe a face com uma navalha e, dessa forma, esculpindo um sorrizo monstruoso.

Não sei o que acontece, no Rio de Janeiro tenho sempre muitos sonhos e ando tendo sonhos muito pesados.

Durante o Final de semana foi diferente.
Saí do Rio e, por duas noites seguidas, não sonhei.

A coisa foi meio assim: me auto-convidei para passar o final de semana na casa de minha amiga Neila, que mora em Lumiar em uma casa que fica meio que na estrada, ou subindo uma ladeira no meio da estrada, longe de tudo, com um belo jardim de muitas árvores anarquicamente plantadas, flores, orquídeas e uma mata que ela teima de querer fazer voltar.

Me auto-convidei. Isso mesmo.
Liguei para ela e disse: posso ir aí passar um final de semana?
E ela adorou.
Me recebeu com todos os mimos que eu poderia querer:
Comida boa, minha sobremesa favorita do mundo (ambrosia), caminha gostosa, muito papo, pinga e... muito mais papo. E só.
Não havia nada para fazer nem eu quis inventar.
Demos uma volta pelo jardim, subimos a ladeira até a casa do visinho. Colhemos amoras. Tentamos ver umas estrelas, acompanhamos o trabalho de uma aranha... e só.

E não tive sonhos.

Nenhum comentário: